De Pelé a dupla do tênis: Minas é um celeiro de craques
Rica em conquistas e ídolos eternos, a história do esporte brasileiro tem grande influência do estado de Minas Gerais. Afinal, por ali nasceram alguns dos principais nomes que levaram a bandeira do país mundo afora, mostrando que o povo mineiro esbanja talento nas mais diversas modalidades.
Entre campeões olímpicos e mundiais, há também atletas que marcaram época em nível nacional, estabelecendo marcas e conquistando torcedores em todo o Brasil. Do futebol, representado por sua Majestade, ao basquete, pelo menos cinco modalidades tiveram um grande competidor nascido nas cidades de Minas.
Poker
O cenário nacional do quinto esporte da mente é muito bem representado por jogadores mineiros. Nos últimos três anos, quatro profissionais nascidos no estado conquistaram títulos da World Series of Poker e se tornaram campeões mundiais nas mesas de Texas Hold’em, considerada a categoria mais popular da modalidade, tanto nas disputas presenciais quanto online.
O primeiro deles e talvez o mais famoso é o belo-horizontino João Simão, que faturou seu primeiro bracelete em um evento virtual em 2021 e obteve seu segundo caneco em uma disputa presencial no ano seguinte. No mesmo ano, Rafael Caiaffa, também nascido na capital do estado, conquistou uma etapa do circuito mundial nas mesas digitais.
Além deles, o estado de Minas Gerais conta com outros dois campeões da WSOP online: Lucio Lima venceu em 2021 e Vinícius Steves entrou em 2023 para o seleto grupo de 27 brasileiros vencedores no principal circuito de poker do planeta.
Futebol
No esporte mais popular do país e do mundo, impossível não citar o Rei Pelé. Nascido em Três Corações, no sul de Minas, Edson Arantes do Nascimento dispensa apresentações e é sem dúvidas a principal personalidade mineira de todos os tempos. Mas, além dele, outro tricampeão do mundo em 1970 nasceu no estado: o belo-horizontino Tostão, também conhecido como Mineirinho de Ouro.
Pouco mais de três décadas depois da conquista na Copa do Mundo do México, Gilberto Silva, de Lagoa da Prata, ajudou o Brasil a faturar o penta no Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Para finalizar a lista de boleiros, dois nomes que não foram campeões do mundo, mas fizeram história nos gramados nacionais e com a amarelinha: Dirceu Lopes (Pedro Leopoldo) e Fred (Teófilo Otoni).
Vôlei
No mundo das quadras, diversas gerações marcaram a história do voleibol brasileiro, muitas vezes com atletas mineiros em seu elenco. Bicampeão olímpico e responsável pelo ace que garantiu o título da Copa do Mundo de 2003 à seleção masculina, Giovane Gávio (Juiz de Fora) é um dos mais importantes jogadores da história do país, mas ele não é o único.
Entre os homens, Ricardo Lucarelli (Contagem) também faturou um ouro olímpico e uma Copa. Já no time feminino, quatro jogadoras de uma geração inesquecível são naturais de Minas. As campeãs olímpicas Sheilla Castro (Belo Horizonte), Adenízia (Ibiaí) e Walewska (também da capital mineira), além da líbero Camila Brait (Frutal), prata nos Jogos de Tóquio em 2021 e no Mundial do Japão em 2010, tiveram lindas passagens pela seleção.
Tênis
No circuito mundial de tênis, dois nomes recentes protagonizaram algumas das maiores conquistas brasileiras na história da modalidade. Especialistas na prova de duplas, os belo-horizontinos Marcelo Melo (2) e Bruno Soares (6) somaram oito títulos de Grand Slam entre chaves masculinas e de duplas mistas. Melo ainda foi o número 1 do mundo no ranking da especialidade por 56 semanas.
Outro grande tenista da capital mineira que fez parte dessa geração é André Sá, quadrifinalista de Wimbledon nas simples em 2002 e semifinalista na grama sagrada londrina nas duplas cinco anos depois. Ele também foi campeão Pan-Americano ao lado do gaúcho Paulo Taicher em Winnipeg-1999. Por falar em Pan, o uberabense João Menezes faturou o ouro individual em Lima-2019 e ganhou vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.
Basquete
No esporte da bola laranja, dois jogadores nascidos em Minas Gerais se destacam. O primeiro deles é Gérson Victalino (Belo Horizonte), o Gersão, atleta que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira em jogos oficiais, com 93 partidas realizadas. O pivô fez parte da equipe que conquistou a inesquecível medalha dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis em 1987, em decisão contra os poderosos norte-americanos.
Mais recentemente, Raulzinho se tornou um dos principais jogadores tupiniquins da atualidade. O belo-horizontino de 31 anos começou a carreira no Minas Tênis Clube, passou quatro anos na Espanha e foi para a NBA, onde defendeu quatro equipes em oito temporadas, antes de ir para o basquete turco em 2023. Pela seleção, disputou dois Jogos Olímpicos, três Mundiais e ganhou a medalha de bronze no Sul-Americano de 2014.