A Prefeitura do Rio decidiu desapropriar o terreno do Gasômetro, que pertence à Caixa Econômica Federal, na Zona Portuária, para que o Clube de Regatas do Flamengo possa construir o seu estádio. O clube vinha negociando há alguns anos com o banco e chegou a apresentar um projeto da nova arena, mas em virtude do impasse nas conversas o município decidiu intervir para garantir que o estádio possa sair do papel. A medida será publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (24/6).
– Sou um vascaíno apaixonado. Mas, antes de tudo, amo o Rio e a sua população. E a imensa torcida rubro-negra merece um estádio de acordo com a grandeza do clube. A diretoria do Flamengo vinha buscando soluções junto à Caixa para comprar a área do Gasômetro. A falta de evolução nas conversas me fez intervir para que um espaço, que hoje é inútil para a cidade, se torne uma área onde serão realizados jogos de futebol e grandes eventos. O novo estádio ajudará a desenvolver a região portuária – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O terreno do Gasômetro tem 88,3 mil metros quadrados e fica ao lado da Rodoviária Novo Rio e do Terminal Intermodal Gentileza. Inaugurado em fevereiro, o maior integrador de transporte público da capital carioca conecta os serviços do mais novo corredor de BRT da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais. A desapropriação de terreno privado por parte do poder executivo está prevista na Constituição, desde que haja interesse público e pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro.
Em nota oficial, o Clube de Regatas do Flamengo se manifestou favorável à decisão da Prefeitura: “Nosso projeto prevê um enorme investimento financeiro no local, capaz de ajudar na transformação de toda a região do entorno do novo estádio, valorizando em muito a área e entregando para nossa cidade um novo e moderno espaço, tanto de entretenimento quanto comercial. Fica o nosso registro dos mais sinceros agradecimentos ao prefeito Eduardo Paes e ao Deputado Federal Pedro Paulo pela sensibilidade que ambos sempre tiveram a respeito deste tema e pela visão empreendedora e positiva em relação ao desenvolvimento econômico e social da cidade do Rio de Janeiro.”
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